Assim como nos anos anteriores, a bandeira verde não terá custo para o consumidor, servindo para sinalizar condições mais favoráveis de geração de energia. Já a bandeira amarela terá um aumento de 59,3%, indo de R$ 1,874 para R$ 2,989 a cada 100 kWh (quilowatts-hora) consumidos no mês.
Também foi atualizada a bandeira tarifária vermelha patamar 1, que foi de R$ 3,971 para R$ 6,50 a cada 100 kWh, representando uma alta de 63,7%. No caso da bandeira vermelha patamar 2, o valor aumentou de R$ 9,492 para R$ 9,795 a cada 100 kWh, um reajuste de 3,2%.
Bandeiras tarifárias – julho de 2022 a junho de 2023
Bandeira Verde
- Condições favoráveis de geração
- Sem custo adicional
Bandeira Amarela
- Condições menos favoráveis
- R$ 2,989 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos
Bandeira Vermelha 1
- Condições desfavoráveis
- R$ 6,500 a cada 100 kWh consumidos
Bandeira Vermelha 2
- Condições muito desfavoráveis
- R$ 9,795 a cada 100 kWh consumidos
Cálculo
A metodologia utilizada para calcular as bandeiras tarifárias retornam a ser a mesma de 2016, segundo a Aneel. Nesse modelo a bandeira vermelha patamar 2 cobre 95% dos eventos históricos conhecidos (e não 100% como no segundo semestre de 2021).
“O acréscimo verificado nos valores se deve, entre outros, aos dados do mercado de compra de energia durante o período de escassez hídrica em 2021, ao custo do despacho térmico em razão da alta do custo dos combustíveis e à correção pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que fechou 2021 com aumento de 10,06%”, afirma a Agência em nota.
Apesar disso, segundo a Aneel, os aumentos estão abaixo da bandeira de “escassez hídrica”, que vigorou entre setembro de 2021 e abril deste ano para arcar com os altos custos de geração diante da escassez hídrica do período. A medida previa cobrança extra de R$ 14,20 a cada 100 kWh consumidos.
O que são as bandeiras tarifárias?
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado em 2015 com o objetivo de sinalizar ao consumidor o custo da geração de energia elétrica no país. A medida ajudou a atenuar os efeitos no orçamento das distribuidoras.
Antes delas, as empresas eram obrigadas a carregar os custos, que só eram repassados às contas de luz no reajuste tarifário anual.
A bandeira verde, por exemplo, quando não há cobrança adicional, significa que o custo para produzir energia está baixo. Enquanto que as bandeiras amarela e vermelha representam um aumento no custo da geração e a necessidade de acionamento de térmicas, o que está ligado principalmente ao volume dos reservatórios e das chuvas.
Fonte: ND+