“Quanto mais se utiliza a tecnologia, mais ela acaba sendo barateada. Isto é um fenômeno mundial que chegou no nosso país”, afirma Frederico Boschin, conselheiro nacional da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD), além de diretor técnico e conselheiro do Sindicato da Indústria de Energias Renováveis do Rio Grande do Sul (Sindienergia RS). De acordo com ele, instalações de energia solar são bastante modulares, o que permite uma aplicação bastante personalizada conforme a necessidade.
O custo está bastante facilitado, graças às linhas de crédito desenvolvidas por instituições que veem na geração energética a partir da luz do sol um mercado ainda largamente inexplorado. De acordo com a ABGD, o Brasil ultrapassou, em março deste ano, a marca de 10 gigawatts (GW) de geração distribuída, como é chamada a energia gerada a partir de fontes próprias, e deve superar a barreira dos 15 GW até o final deste ano.
Por óbvio, afirma Boschin, há uma situação em que a energia solar se torna um benefício em períodos climáticos mais secos. “Se não chove, tem sol. E o preço da energia dispara porque não é possível gerar energia a partir de fontes hidroelétricas, e precisamos fazer o acionamento de usinas térmicas. De um lado, temos comparativamente um tipo de energia mais caro, mas o custo da solar caindo. Assim, ela se tornou a grande vedete do Brasil, e no mundo não é diferente”.
Há, no país, mais de 1,1 milhão de conexões totais deste tipo de fonte energética, também segundo a ABGD, 43,6% para consumo residencial, o maior contingente entre as classes aferidas. No próximo dia 7 de julho, o Correio do Povo realiza o Fórum de Energias Limpas, no qual Boschin será um dos palestrantes a respeito dos desafios do mercado de energia solar.
Fonte: Correio do Povo