O Governo do Estado de Pernambuco anunciou que uma das principais fábricas da multinacional automobilística Jeep, na cidade de Goiana, será abastecida por energia solar fotovoltaica. Segundo o governo, a instalação e a implantação da planta fazem parte do acordo para ampliar os investimentos da Sada Transportes, empresa do grupo de mesmo nome e responsável pela logística no Brasil da gigante ítalo-americana Fiat Chrysler Automobiles (FCA), proprietária da marca Jeep.
Em Goiânia fica a mais nova planta da Jeep, construída em 2015. O investimento da Sada Transportes será de R$ 110 milhões para dar início à planta de energia solar fotovoltaica na planta e também abrir um novo terminal logístico no Polo Automotivo de Goiana. Segundo a empresa, ao todo, os projetos vão gerar 300 empregos.
Os recursos integram uma rede de investimentos da indústria automotiva no norte de Pernambuco, com destaque para a FCA, que destinou R$ 1,5 bilhão para a fábrica da Jeep, em Goiana, para lançar um novo modelo Jeep para sete ocupantes em 2021. Atualmente, a planta produz 250 mil carros por ano dos modelos Renegade e Compass da Jepp, além da picape Fiat Toro. Até 2023, o grupo FCA no Brasil tem um grande plano de investimento para a fábrica, de R$ 7,5 bilhões.
“Mantivemos a expansão dos investimentos na região, mesmo com a crise e hoje somos um modelo para o Brasil e para o mundo, com um setor automotivo em constante crescimento, gerando emprego e renda de qualidade”, disse o governador Paulo Câmara.
Além de atender ao crescimento do Polo Automotivo de Goiana, a expansão também é uma forma de preparar o setor para o aumento do número de veículos elétricos. “Com isso, a planta oferecerá à FCA mais possibilidades de desenvolvimento nesse segmento”, afirma o presidente do grupo Sada, Vittorio Medioli.
Os carros elétricos hoje já ocupam um nicho significativo no mundo e a previsão é de tomar de vez o mercado. De acordo com relatório da Bloomberg New Energy Finance (BNEF), os elétricos devem passar de 2 milhões para 56 milhões de unidades até 2040, o que constituirá mais da metade da frota de veículos no mundo.
Em 2018, a projeção da BNEF era de que os modelos movidos a eletricidade pudessem representar 55% das vendas dos veículos de passeio. Já neste ano, a estimativa é de que esse número passe para 57% em duas décadas.
Por sua vez, as vendas dos chamados “carros convencionais”, segundo a BNRF, irão cair de 85 milhões (dado de 2018) para apenas 42 milhões. Isso se deve em grande parte pela queda no preço das baterias: desde 2010, os custos por quilowatt/hora caíram em 85% graças a melhorias na indústria e ao aumento nas economias de escala, à medida que mais fábricas abrem.
Fonte: Portal Solar