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A energia renovável já está com preços mais baixos do que qualquer nova capacidade baseada em combustíveis fósseis. A informação é do relatório Custos de Geração Renovável em 2019 da Agência Internacional de Energia Renovável (Irena, na sigla em inglês), publicada no dia 2 de junho. Mais da metade dessa nova capacidade adicionada de energia renovável no ano passado alcançou níveis mais baixos do que as novas usinas de carvão, até agora conhecidas como as mais baratas.

Ainda segundo o relatório, a geração das usinas a carvão existentes está perdendo espaço para os novos projetos de geração renovável. Em média, as novas usinas de energia solar fotovoltaica e eólica onshore custam menos do que manter muitas usinas de carvão em operação. Essa tendência pode ser observada nos resultados dos leilões em diversos países, sobretudo porque, segundo o relatório, a previsão é de que no próximo ano, até 1.200 GW de capacidade de carvão existente pode custar mais para operar do que o custo de um novo sistema solar de geração centralizada.

Se os sistemas solares fotovoltaicos e parques eólicos onshore substituíssem 500 GW de carvão mais caro no próximo ano, reduziria os custos do sistema de energia em até US$ 23 bilhões a cada ano, aponta os cálculos do estudo da entidade. Reduziria também as emissões anuais em cerca de 1,8 gigatons (Gt) de dióxido de carbono (CO2), equivalente a 5% do total de emissões globais de CO2 em 2019. Esse volume também geraria investimentos de US$ 940 bilhões, o que equivale a cerca de 1% do PIB global.

O diretor geral da entidade, Francesco La Camera, disse em comunicado que esse é um importante ponto de inflexão da curva na transição energética. “As fontes renováveis oferecem um grande potencial para estimular a economia global, oferecendo retornos consistentes e previsíveis, além dos benefícios para a economia em geral. A recuperação econômica global deve ser baseada numa estratégia verde.

Nos últimos dez anos, houve uma grande queda nos custos impulsionada pelas inovações tecnológicas, economias de escala, cadeias de suprimentos cada vez mais competitivas e crescente experiência do desenvolvedor, aponta o levantamento. Desde 2010, a solar fotovoltaica em grande escala apresentou o maior declínio de custo, 82%. Em seguida vem a solar concentrada (CSP) com índice de 47%. A eólica onshore em 39% e a offshore em 29%.

Os dados do Irena apontam que, somente no ano passado, o preço da solar fotovoltaica em larga escala teve queda de 13%, uma média global para US$ 0,068/kWh. Para a fonte eólica onshore e offshore a queda foi de 9%, atingindo US$ 0,053/kWh e US$ 0,115/kWh, respectivamente. E a tendência, segundo o Irena, a tendência é de continuidade dessa curva decrescente, influenciada pelos leilões recentes e PPAs para novos projetos comissionados em 2020.

Para projetos que entram em operação em 2021, os preços da solar fotovoltaica chegam à média US$ 0,039/kWh, uma queda de 42% em relação a 2019 e mais de um quinto a menos do que o concorrente mais barato em combustíveis fósseis, as usinas a carvão.

O comunicado da agência também aponta que os preços recorde de leilão de energia fotovoltaica solar em Abu Dhabi e Dubai, Chile, Etiópia, México, Peru e Arábia Saudita confirmam que valores tão baixos quanto US$ 0,03/kWh já são possíveis. Desse modo, é possível hoje investir a mesma quantia de energia renovável e produzir mais capacidade nova do que teria uma década atrás. Um exemplo do que ocorreu em 2019, quando foi comissionado o dobro de capacidade de geração renovável do que em 2010, mas exigiu apenas 18% mais investimentos.

Fonte: Portal Solar