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O mundo que conhecemos hoje está acostumado a conviver com carros movidos por motores a combustão interna – aqueles que literalmente explodem alguns mililitros de combustível a fim de utilizar a energia dessa explosão para gerar a força necessária para mover o automóvel.

No futuro, uma das alternativas mais prováveis que veremos é a de veículos elétricos, que deverão funcionar como celulares: rodaremos o dia todo sem gastar uma gota de gasolina/etanol/diesel, mas vamos precisar recarregá-los na tomada durante a noite. Mas você sabia que já existiram outros tipos de alternativas para movimentar um carro, como vento, energia solar e até nuclear?

Carro movido a vento?

Você não leu errado: o vento já foi utilizado como força motriz em um automóvel. O nome do carro era X-1, produzido pela Fundação Educacional Inaciana, a conhecida FEI, localizada no ABC paulista, em agosto de 1968. Tudo bem, ele era um protótipo e não chegou a ser produzido em série, mas a tecnologia empregada em seu desenvolvimento foi surpreendente.

O FEI X-1 era todo feito de madeira, pesava 380 kg e também era anfíbio, ou seja, podia rodar na terra e na água – como se fosse um barco. Ele tinha motor de Gordini, duas marchas (primeira e ré) e nas duas superfícies era movido pelo movimento da hélice localizada na parte de trás. O blog da FEI tem um post que fala mais sobre essa ideia.

Sol também é energia

Outra alternativa fortemente estudada para movimentar automóveis foi a força vinda do sol, a conhecida energia solar que atualmente “abastece” muitas casas equipadas com painéis fotovoltaicos. Pois é exatamente assim que funcionam os carros da corrida australiana World Solar Challenge, o famoso “Desafio Solar Mundial”.

Nessa disputa, os automóveis precisam atravessar 3.021 km de vias da Austrália, de cima a baixo, da cidade de Darwin até Adelaide. Para tal, seus motores elétricos são alimentados pela energia que vem do sol captada por placas fotovoltaicas localizadas praticamente em toda a carroceria do automóvel.

Carvão? Virou churrasco

Sim, até a energia da queima do carvão vegetal, bastante utilizado no Brasil para fazer churrasco, já virou fonte para a movimentação de automóveis. Chamada de gasogênio, ela se tornou opção em carros dos EUA, Europa e Brasil durante a Segunda Guerra, já que havia racionamento de gasolina.

Atualmente, outro gás utilizado para abastecer automóveis é o GNV, sigla do Gás Natural Veicular. A tecnologia para sua utilização foi autorizada pelo governo brasileiro em 1996 e muitos carros que tinham costume de rodar bastante passaram a adotar o cilindro de gás – vai dizer que você nunca viu taxistas com um cilindro amarelo instalado abaixo ou dentro do porta-malas?

Bomba!

O quinto tipo de energia alternativa, depois de carros movidos a vento, sol, gás de carvão e gás natural, é a nuclear. Pois é, nos anos 1950, ainda devido à carência na oferta de gasolina, algumas empresas arriscaram desenvolver veículos alimentados pela fissão nuclear, algo que geraria energia suficiente para aquecer um motor a vapor, como acontece em submarinos.

O mais famoso deles é o Ford Nucleon, um modelo com desenho bem extravagante -e polêmico – que tinha a promessa de rodar 8.000 km com um só “tanque” de energia nuclear. Obviamente. o projeto não foi adiante, justamente porque depois foi descoberto o perigo da energia nuclear se usada de forma indevida. O protótipo Nucleon, hoje em dia, está no museu da Ford próximo a Detroit (EUA).

Também tem hidrogênio

Décadas mais tarde, nos anos 2000, surgiram os primeiros carros movidos a hidrogênio. O primeiro vendido ao público foi o Honda FCX Clarity, em 2008, embora seus emplacamentos tenham sido feitos de modo limitado nos Estados Unidos. Em 2015 a Toyota deu o troco com o Mirai, que pode rodar com hidrogênio e, acredite, até com fezes de vaca.

Fonte: Webmotors