Cerca de 40 mil brasileiros produzem a própria energia elétrica. De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o sistema de micro e minigeração distribuída é utilizado por 39.678 consumidores. Desse total, 39.450 utilizam fonte solar, 114 utilizam cogeração qualificada, 57 eólica e 57 pequenas centrais hidráulicas.
O número deve aumentar ainda mais nos próximos anos. Na última semana, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou uma linha de crédito permanente de R$ 2,2 bilhões que vai impulsionar os investimentos em projetos para geração de energias renováveis no Brasil. O público-alvo são as pessoas físicas e pequenas e médias empresas.
Confira três perguntas e respostas que podem ajudar os interessados em aderir a esse sistema:
O que é preciso para produzir a própria energia elétrica?
Para instalar um sistema de geração na unidade consumidora, o consumidor precisa protocolar um formulário específico na distribuidora de energia local. A distribuidora orientará o consumidor quanto a adaptações nos sistemas de proteção elétrica e sobre a necessidade de ter um projeto elétrico para as novas instalações. Outras informações podem ser encontradas no Caderno Temático, disponibilizado no site da ANEEL.
Como funciona na prática os sistemas de micro e minigeração de energia?
A geração distribuída é caracterizada pela instalação de geradores de pequeno porte, normalmente a partir de fontes renováveis, localizados próximos aos centros de consumo de energia elétrica. Após a conexão, o miniprodutor passa a ter duas fontes de energia: a rede pública e a produção própria. O excedente de energia gerada por ele é injetado na rede das distribuidoras, resultando em créditos. Posteriormente, esses créditos são utilizados para abater a energia consumida da rede pública e reduzir a fatura da unidade consumidora. Caso a quantidade de créditos gerados seja superior ao consumo da unidade, eles podem ser utilizados nos meses subsequentes.
Em uma residência, o sistema de produção de própria energia pode gerar economia de até quanto?
Depende do tamanho do sistema de geração instalado. No máximo, o sistema de geração pode ser instalado a ponto de o consumidor pagar apenas o mínimo faturável (30 kWh para unidades monofásicas, 50 kWh para bifásicas, 100 kWh para trifásica).
Fonte: O Diário Carioca