Quando saiu a regulamentação definitiva em 2012, o investimento para instalar um mecanismo de geração de energia solar tinha previsão de ser recuperado em 11 ou 12 anos. A boa notícia é que o prazo do chamado pay back caiu para menos da metade. Atualmente, a economia na conta de luz recupera o valor aplicado em um período quatro ou cinco anos.
Entre os motivos, está a queda no custo dos equipamentos. Para se ter ideia, só em 2017, houve uma redução de 30% nos preços, diz o engenheiro Gerson Pinho, proprietário da MGF Solar, de Canoas.
— A instalação de um sistema em residências e pequenos comércios custa de R$ 15 mil até mais de R$ 100 mil – estima Pinho.
Depois de testar várias opções e não conseguir reduzir a conta de luz, um dos bares mais conhecidos da Cidade Baixa, em Porto Alegre, instalou 260 painéis para geração de energia solar. O projeto foi elaborado para o Bar do Beto pela EGP Energy, empresa de São Leopoldo.
As placas foram, inclusive, instaladas em um prédio onde o proprietário tem um estacionamento, já que o telhado do restaurante não seria suficiente. O sistema está gerando R$ 9 mil em energia por mês.
Mas como se faz um projeto de geração de energia solar? Diretor da EGP Energy, Wolmar Leindecker montou um passo a passo para os leitores da coluna Acerto de Contas:
1 – É feito um estudo detalhado da necessidade do cliente através de sua fatura de energia e do telhado ou do solo, dependendo de onde serão instalados os painéis solares. Eles geram a energia elétrica quando bate a luz do sol.
2 – Após fechado o negócio, é feito o projeto elétrico que será encaminhado para a concessionária de energia. A empresa analisa e aprova em até 15 dias.
3 – Com o projeto aprovado, começa a instalação dos painéis fotovoltaicos, inversores, aterramento e toda instalação elétrica necessária.
4 – Finalizado o processo, a concessionária faz a vistoria para verificar se a instalação está de acordo com as normas da Agência Nacional de Energia Elétrica. A Aneel, então, aprova o que não deixa de ser uma “usina”.
5 – É feita a substituição do relógio de medição convencional por um bidirecional, que irá registrar a produção e o consumo do cliente. O processo até costuma levar 30 dias.
6 – A energia gerada será usada pelas luzes da casa, eletrodomésticos e tudo que esteja ligado na tomada. Se não tiver sol suficiente, o resto da energia é fornecido pela distribuidora. Se gerar mais do que consome, a energia vai para a rede da distribuidora e gera um crédito que poderá ser usado em até 60 meses. Compensa um dia de muita chuva, por exemplo.
Fonte: Gaúcha